Numa estrelada noite de luar,
Eu vi, ao longe, Jesus peregrino;
Fiquei eufórico como um menino
E o convidei para em minha alma entrar.
Pensei comigo em lhe dar meu quinhão.
Qual flecha, fui disparado à cozinha
Mas quando voltei, oh! surpresa minha!
Sumira a chave de meu coração.
Tremendo e suando acionei o guarda
Que o levou para o júri o julgar.
Lá a sentença foi anunciada:
Cruel cárcere domiciliar.
Prisioneiro de minha alma se faz,
e o motivo: ter me amado demais.
Seminarista Wellington, 3° ano de Filosofia.