Inflamaste-me com o teu ardor
Com teu olhar, fogo devorador!
E enquanto tuas chamas me consumiam,
Logo os meus átrios por ti ardiam.
Mas, ao me iluminar o teu fulgor,
De súbito, me enxerguei pecador.
E disse: “vem, com tua brasa, e me extingas,
Que tuas chamas me reduzam a cinzas.”
Desesperado, eu fugi de ti
Pedi ajuda a um qualquer que vi
Perguntei: “como curar o meu mal!?”
E ouvi que a ausência era cura pra tal.
Mas ausente vi que é a tua presença que me sustenta:
Que quanto mais me afasto de ti, mas meu amor aumenta!
Seminarista Wellington Rosa de Souza, 3° ano de Filosofia.