SEMINÁRIO MAIOR

O Seminário maior representa o período conclusivo do processo de discernimento vocacional, do qual participam solidariamente formandos e formadores, buscando, num diálogo, frequente e progressivo à luz da fé, reconhecer a autenticidade da vocação. Neste processo de discernimento, a equipe de formadores tem responsabilidade de oferecer ao bispo diocesano os elementos úteis e necessários para a última decisão, levando-se em conta a indispensável participação do próprio formando, bem como a da comunidade do seminário (PDV, n. 69).

COMUNIDADE FILOSÓFICA E TEOLÓGICA SÃO JOSÉ

A literatura presente no vários documentos sobre a formação inicial dos presbíteros é unânime em assegurar algumas características indispensáveis de uma comunidade formativa, sobretudo do seminário maior, a saber:

1- O seminário maior constitui uma etapa do discipulado, da caminhada no deserto e da formação específica;

2- Sua organização depende de opções pastorais, disponibilidade de recursos e outras circunstâncias locais;

3- São escolas do seguimento de Jesus para formação de discípulos missionários;

4- É uma escola do Evangelho;

5- Tem como modelo e referência ideal a própria convivência de Jesus com o grupo dos discípulos e apóstolos;

6- É uma experiência de vida comunitária que educa o futuro presbítero para a comunhão com o bispo, os irmãos presbíteros e as comunidades eclesiais a que servirão;

7- É lugar onde os formandos devem experimentar o mesmo que viveram as primeiras comunidades cristãs: unânimes na oração, na fração do pão e no trabalho.

Considerando essas características de uma comunidade formativa, são necessários alguns critérios para se ingressar no seminário maior e, poder assim, passar de uma etapa a outra, considerando que o caminho de formação de uma pessoa se dá de forma processual e progressiva.

Além das exigências para se passar do propedêutico para o seminário maior, necessário levar em conta ao longo de todo o período de formação:

  1. Posse de qualidades humanas e espirituais indispensáveis como: reta intenção, grau adequado de maturidade humanoafetiva, saúde física e psíquica condizente com as exigências do ministério;
  2. Disposição, dedicação e investimento pessoal na dimensão intelectual;
  3. Espírito de comunhão, respeito e obediência à sã doutrina;
  4. Capacidade de situar-se com equilíbrio entre a afirmação das próprias convicções e a abertura ao diálogo com o mundo plural;
  5. Progressiva inserção nas realidades das comunidades eclesiais da igreja particular;
  6. Disposição para viver em comunidade durante a formação inicial e depois no presbitério;
  7. Aceitação sincera da doutrina do presbiterado definida pela Igreja;
  8. Progressiva e amadurecida clareza das motivações à vida presbiteral e consciência das exigências inerentes a ela;
  9. Atitudes que expressem o esforço pessoal de encontrar Deus e de viver conscientemente a fé;
  10. Comportamento condizente com a opção assumida, no referente às virtudes humanas e cristãs e aos conselhos evangélicos da pobreza, da castidade e da obediência.

Essas características e esses critérios supracitados serão levados muito em consideração na execução do projeto pedagógico da formação inicial, no seminário São José, que se estabelece sobre as cinco dimensões antropológico teológicas propostas pela Igreja.

Para o bem dos atuais formandos e do futuro presbitério serão intensificados todos os esforços para a consolidação e sustentação do PPV (Projeto Pessoal de Vida) e dos GV (Grupos de Vida). Neste caso, por estar a comunidade formativa São José, em Belo Horizonte, abrigando os formandos dos cursos de filosofia e teologia, essa pedagogia será aplicada para a comunidade toda, salvaguardando as especificidades de cada ano e cada curso.